15 de junho de 2015
Na onda do choque com a morte da iyalorixá baiana - cuja família diz ter sido provocada por estresse, devido aos insultos que sofria dos praticantes de uma igreja evangélica vizinha - venho aqui lembrar que em breve lançarei um disco que trata exatamente do oposto à barbárie causada por essas igrejas. Neste disco, saudamos EXU e outros orixás e entidades da cultura religiosa afro-brasileira - e não apenas isto - mas sobretudo isto. Apesar de saber que a tarefa de este assunto, das nossas negritudes e suas belezas, a outro patamar, não é nada fácil, sinto muita paz e alegria em saber que não o faço sozinha. Virgínia Rodrigues lançou recentemente um disco absurdamente belo, onde também cuida de nossos valores negros com muita elegância, com muito amor. Tiganá Santana foi quem produziu o disco de Virgínia e quem está fazendo o texto de apresentação do meu/nosso trabalho, o que me enche de mais orgulho e satisfação, uma honra enorme. Tiganá, aliás, também lançou novo disco recentemente, procurem. De cair o queixo do Brasil, o trabalho fundamental desses dois grandes artistas! Que Mama Kalunga nos dê força e coragem para seguir. A grande mãe África já nos deu de um tudo.
5 de março de 2015
Paiê! Me defenda do olho-gordo institucionalizado pé-de-pato mangalô 3 veiz! Do machismo obtuso, do racismo velado (e do racismo exposto - carne de pescoço!) Que teus óculos espelhados sejam escudo e espada a proteger-me diante da pobreza de espírito, dos espíritos de porco, assim seja! Pelas vozes dos milênios, Laroiê.